Um dia estagnado.

Se a existência realmente precede a essência como diz Jean Paul-Sartre, fico estagnado, atônito e aflito hoje, pois, realmente minhas escolhas para a construção de minha vida não foram as melhores, mas também acredito, que o meio em que vivemos também influência em nossas escolhas, portanto, muitas vezes não conseguimos fazer parte de um outro âmbito, por medo ou comodismo. Somos a espécie mais nojenta possível, nossas escolhas nunca são vista a pro- existência e já perdeu em vista da co-existência pelo menos, escolhemos apenas a favor da ego- existência. Hoje estou destroçado e cada dia minha vontade viver vai embora...Queria que um dia todos meus orgãos parassem de funcionar, pois estaria a companhia da tranqüila e rainha do silêncio que é a morte.

Será o suicídio uma saída? Não quero mais ser um ator sem cenário, um estrangeiro sem nação, um deslocado da esfera sociedade, mas o que eu posso fazer? Sinto o sentimento do absurdo presente em minha vida, esse sentimento nos destrói aos poucos, e quando menos esperamos estamos com uma corda no pescoço, não para fazer um melodrama como os romancistas de outrora que seguiram Werther nos ideias de Goethe, mas por confessar que fomos superados pela vida e que nada sabemos dela, é um confessar que não queremos mais sofrer nesse mundo das coisas contrárias, onde o belo é desumano, onde o tempo caminha ao sentido contrário, onde o falso é real, e o verdadeiro é irreal, não aguento mais! Quero respeirar e só, mas meus pulmões não se enchem mais, pois acho que não me subsustento mais com oxigênio, a falta de ar é constante, devo estar desligando meus orgãos, porque, a vontade de viver se foi, a morte está se tornando minha futura companheira, aquela do qual, a gente fala e fala e não nos julga, não demosntra pena e muito menos misericórdia, apenas escuta. Será o suicídio minha solução? Mas acho q sou covarde para tal ato. O que faço para ter essa coragem, não aguento mais essa dor, peço ajuda para quem souber.