dimanche 23 mars 2008

O relato do eu em um sistema dito como a eficácia para cura de uma sociedade insalubre.



Escutamos muito sobre desportistas que saem do seu país de origem para um outro por vários motivos: experiência de treino, a busca do novo, conhecimento de nova cultura e em primaz o salário ótimo. Muitos desses desportitas acabam não se adaptando, pois não consegue assimilar o choque da divergência como um motivo para o conhecimento, portanto estive fazendo uma analogia sobre esse fato considerado até normal no mundo de hoje com a não adaptação com os novos valores, novos padrões, nova educação, nova socialização e entre outros.

A globalização que poderia ser um fator de grande valia para o crescimento cultural pela sua visão de transversalidade, acabou se tornando um grande inimigo para os valores e culturas locais, tudo começou a ser padronizado por uma cultura dominante pelo seu alto poder econômico. Notamos que se criou valores de superioridade entre culturas, onde uma se diz mais superior que a outra, assim criando a indiferença, etnismo radical, não incompreensabilidade do outro e o pior a hegemonia daquele que se diz certo pelo seu modo de ver o mundo.

Os valores locais e muitos ditos até internacionais e concretizados, enraizados e pedrificados foram destruídos por uma desvalorização, aquilo que tínhamos como certo acabou se tornando errado e vice-versa, todos perderam o eixo que equilibrava, não sabemos mais o que é certo e o que é errado. Tentamos buscar a quebra do comodismo exacerbado e acabamos bagunçando mais, matamos os absolutistas, os imperialistas , os nazistas, os comunistas e até Deus, mas nada se resolve e cada momento se piora mais. Ainda não conseguimos perceber que não devemos mudar o sistema político para conseguirmos uma mudança para o melhor, mas nós mesmo, não temos que ser reflexo de uma sociedade e sim a sociedade tem que ser nosso reflexo, para isso temos que mudar o nosso ego e deixar esse egocentrismo, é fácil dizer e fazer discursos em apoteoses, mas na prática tudo é diferente.

O sócio-econômico visa apenas a classe dita como privilegiada, ou seja, aqueles que nasceram de uma família elitizada, esses tem acumulo de capital exacerbado, ganhando lucro sobre a classe obreira, que é massacrada com salários indignos e sem o que é mais essencial ao homem para o desenvolvimento de um bem pensar: o lazer, cultura, esporte, convívio e participação deste na política. Muitas famílias fazem milagres ao tentar sustentar uma família digna com apenas um salário mínino, se privando de estar com seus filhos para podê-los sustentá-los, mais vale uma barriga cheio que uma vazia com cultura (infelizmente o novo provérbio do obreiro).

Além de tudo vivemos em uma sociedade espetáculo, onde a aparência sobressai muita acima da moral e da ética. Foram criados padrões de beleza dito como um ser humano deve nascer para ser considerado belo, a beleza não está mais relacionada a uma amplitude de fatores, mas sim a casca.

O mundo moderno nos privou da coisa mais essencial para nós humano: a comunicação pessoal. Não temos mais tempo para esse “luxo”, isso se tornou hobby para a classe burguesa, pois temos que trabalhar porque o tempo corre e o carnê de prestações da casa comprada em 160 parcelas está chegando, temos que fazer horas a mais no serviço para pagar. Com esse falta de tempo não temos mais o doce conhecer do amor a primeira vista e sim a última vista, ou seja, quando vemos aquela bela moça chegando e dá aquele “tilts” em nós, não podemos fazer nada, pois ela tem coisas para fazer e também tenho e não podemos perder tempo, temos que juntar lucro e bens como o capitalismo nos pede e quando percebemos a bela moça se foi.

Por fim, passei por tudo isso para fazer uma comparação minha com alguns desportistas, eu NÃO CONSIGO me adaptar a esse mundo, mas eles são melhores que eu, porque tem uma pátria para se refugiar, e eu? Para onde vou? O capitalismo dominou tudo e onde não se tem capitalismo tem a ditadura disfarçada de socialismo. Me sinto perdido como um ator sem um papel ou como um teatro sem uma peça, o sentimento do absurdo encobre meu coração e não sei mais o que fazer, pois já estou morto em espírito espero apenas a morte biológica.