samedi 27 janvier 2007

Viver morrendo


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Dia escuro e pesado

Preso na realidade cotidiana

Da sofrida passarela

Do tempo e das coisas bizarras

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A infelicidade atormenta

Na tentativa frustrada

Do esquecimento dos atos

E do abandono espiritual

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Que dor insuportável

Do não amado e do não amante

Onde o ponteiro do relógio

Demora na ansiedade da morte

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Abandonado pela sombra

E pelo amigo imaginável

Tornando um ser ai

Jogado e destroçado

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Olho para o laço da corda

Sinto em meu pescoço

A dor e a felicidade momentânea

De perder a vida despojada.

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Mas acabado me tornando um covarde

Por ter receio de ser negado

Pelas criaturas da terra

E pelo universo velado.

Surtos diários

Surtos presentes em uma conversa com a Marrie e com a Colombina.

1ºSurto
hoje estou tão sereno como uma amanhã primaveril....jogado as relvas imaginativas e sensível aos singelos olhares...percebendo ao olhar para o sol um sorriso do amado com seu amante....o infinito e o acaso presente

2ºSurto
tudo é feito no fortuito...como as belas artes de mondrian...nada pode ser planejado...deixamos o chronos, ou seja, o tempo guiar nossos pueris atos em busca do acumulo de felicidades momentâneas....

Vagueza

Vagueza

Neblina no espírito

Que perdeu o desejo de sonhar

Na realidade embrulhada

Na esperança do futuro impossível

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Respirar é doloroso e insano

É triste olhar para lado

E ver um mundo demente

Engarrafado e decadente.

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As tentativas de alguns

Ainda preso na virtualidade

Se tornam obsoletas no imanente

Nos levando a depressão do nada

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O não ser nos tomou conta

Somos seres vegetativos

O que nos resta é nos embriagar

Do vazio ,da vagueza e da inutilidade.

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Tivemos a infelicidade de nascer

O que nos resta é a ceifa da morte

Que esperamos ansiosos

Deste prodígio tedioso.