Dia escuro e pesado
Preso na realidade cotidiana
Da sofrida passarela
Do tempo e das coisas bizarras
A infelicidade atormenta
Na tentativa frustrada
Do esquecimento dos atos
E do abandono espiritual
Que dor insuportável
Do não amado e do não amante
Onde o ponteiro do relógio
Demora na ansiedade da morte
Abandonado pela sombra
E pelo amigo imaginável
Tornando um ser ai
Jogado e destroçado
Olho para o laço da corda
Sinto em meu pescoço
A dor e a felicidade momentânea
De perder a vida despojada.
Mas acabado me tornando um covarde
Por ter receio de ser negado
Pelas criaturas da terra
E pelo universo velado.